És a pior mulher de todas as
mulheres
Crês que é as única que
sofre, que geme
Que ama, que chora. A única
sempre.
Pensas que teu útero é o
divino cálice
Onde correrão todos os bons
líquidos
Pois pensas que és a verdade
suprema
A vontade de todos os homens,
pobre mulher.
Se vês outra beldade feminina
aos prantos
Das lágrimas de um porto
abandonado
Logo tu se comparas, se
antepara às dores
Que a ti são alheias, pois
não és mulher pura
Para compartilhar a dor do
sacramento
Sentes inveja e não sentes
nada
O que não sabes é que não és
O bastante para ser amada,
Pobre mulher ordinária!
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